De
um lindo oriente, úmidas, límpidas,
Brilhando
sempre pra mim,
Eu
tenho em casa duas pérolas
Em
duas conchas de marfim.
São
meu tesouro. Se a mão, trêmula,
Alguma
delas quer tocar,
Súbito,
a nívea concha cerra-se,
Como
outras conchas que há no mar.
Noivas
do sol, à noite fecham-se,
Como
se fecha muita flor;
E,
se as rocia alguma lágrima,
Têm
nova luz, mudam de cor.
Filho,
a riqueza única, e esplêndida,
Que
eu tenho, e ao mundo se retrai,
Está
no brilho dessas pérolas,
Que
são o orgulho de teu pai.
Humberto Campos
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