Pelo arvoredo foge a aragem,
Em rumorejo, docemente;
Ninguém a vê; e a árvore a sente
No movimento da folhagem.
E quando pela verde frança
Não mais o zéfiro desliza,
A árvore lembra aquela brisa
E, por si mesma, se balança...
Era minha árvore florida
Quando, invisível e medrosa,
Vieste passar, misteriosa,
Pelo jardim da minha vida.
Deves ir longe, em liberdade...
Entanto, murmura, intranqüila,
A árvore, triste, oscila...oscila...
Neste balanço de saudade!
Humberto de Campos.