quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A inclusão aplicada ao turismo


Por mais de 50 anos o paradigma da integração social nos guiou na elaboração de políticas e leis e na criação de programas e serviços voltados ao atendimento das necessidades especiais de pessoas com deficiência. Consiste em adaptarmos as pessoas com deficiência aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade por parte de algumas dessas pessoas, criarmos sistemas especiais separados para elas.
Neste sentido, temos batalhado por políticas, programas, serviços e bens que garantissem a melhor adaptação possível das pessoas com deficiência para que elas pudessem fazer parte da sociedade. Por este paradigma, a sociedade continua basicamente a mesma em suas estruturas e serviços oferecidos, cabendo às pessoas com deficiência serem capazes de adaptar-se à sociedade. Este paradigma não mais satisfaz a compreensão que adquirimos recentemente a respeito de como deve ser a inclusão, que consiste em tornarmos a sociedade toda um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e condições na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades. Então podemos citar como alguns princípios básicos da inclusão a celebração das diferenças, direito de pertencer e a valorização da diversidade humana.
Algumas empresas e organizações ligadas ao turismo já vem aplicando o conceito de Turismo para Todos, ou Tourism for All como é denominado em inglês. Este conceito tem como base a inclusão, considerando que o turismo é um direito de todos, e que não deve haver diferenças na forma de tratamento de qualquer tipo de pessoa, respeitando suas características particulares. Somente reforçando, a deficiência é uma característica da pessoa, pois é algo que pertence à pessoa, assim como a preferência de alguém por comidas naturais, ou o medo de locais fechados, também são características pessoais, então devem ser respeitadas e não vistas como um defeito ou impedimento.
Importante é não confundir inclusão com integração. Um hotel, por exemplo, que possui uma parte de seus quartos adaptados. Isso é integração. Inclusão seria a pessoa com deficiência poder escolher qualquer quarto do hotel. No fundo integrar também é um ato de discriminação, afinal o ato de discriminar tem a ver com a separação e distinção. Possuir todos os quartos com acessibilidade, permite que as pessoas com deficiência não fiquem dependentes de um local diferenciado, pois em algumas situações reais pelas quais eu já passei, havia vagas no hotel, porém os quartos adaptados estavam ocupados por pessoas que não possuíam nenhum tipo de deficiência. Embora não se configure uma inclusão total, a orientação pelas normas de acessibilidade, exigem que 5% do total de quartos sejam adaptados. Mesmo se o estabelecimento quiser seguir somente essa orientação, a acessibilidade deve atingir a todas as diferentes classes de quartos que o hotel possui (geralmente denominadas como standard, luxo, executivo, etc.), para que assim esteja em conformidade com a oportunidade de escolha.
O turismo também envolve serviços, onde a questão da inclusão também dever ser contemplada, mas para isso necessita de um olhar mais treinado, para que detalhes às vezes aparentemente pequenos, mas de grande importância, não passem desapercebidos. Somente prover o acesso físico em uma central de informação turística, não é contemplar a inclusão. Este tipo de serviço deve prestar atenção naquilo que oferece, pois por exemplo, indicar um teatro, restaurante ou hospedagem para um usuário de cadeira de rodas, sem que este mesmo não tenha acessibilidade é não prestar atenção nas características da pessoa, e desta forma o serviço pode se tornar sem efeito, além de trazer desconforto ou complicações para o
cliente que o procurou e até para o estabelecimento visitado.
O Código de Ética
Mundial para o Turismo, da Organização Mundial do Turismo (OMT), menciona que as atividades turísticas devem respeitar a igualdade entre homens e mulheres, devem tender a promover os direitos humanos e, especialmente, os particulares direitos dos grupos mais vulneráveis, especificamente as crianças, os idosos, os deficientes, as minorias étnicas e os povos autóctones. Além disso, também diz que o turismo das famílias, dos jovens e estudantes, das pessoas idosas e dos deficientes deverá ser encorajado e facilitado.
Fazendo um jogo com o significado desta palavra polêmica, a partir do momento que o trade turístico se movimentar, enxergando a pessoa com deficiência como um grande cliente em potencial, estará incluindo em sua empresa um posição mais respeitada perante a sociedade, além de mais uma fonte de dinheiro para alimentar seu caixa.

Por Ricardo Shimosakai

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Abeta e ICMBio firmam parceria para gestão de Ecoturismo e Turismo de Aventura


Os presidentes da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura - ABETA, Jean-Claude Razel e do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade - ICMBio, Rômulo Mello assinaram nesta sexta-feira (11) , durante o ABETA Summit 2009, um Termo de Reciprocidade para estabelecer bases para o desenvolvimento de projetos na área de planejamento, estruturação e gestão da visitação em Unidades de Conservação com foco em Ecoturismo e Turismo de Aventura.
Hoje, o Brasil conta com 300 Unidades de Conservação Federais e 15 Centros Especializados no País, ou seja, um potencial a ser bastante trabalhado para o turismo. As UCs têm a possibilidade de gerar múltiplos benefícios para as regiões onde estão localizadas. Geração de emprego e renda para comunidades, qualificação de profissionais do setor de turismo, estímulo à visitação, pesquisa cientifica e ações socioambientais são alguns exemplos do que pode ser aprimorado a partir da parceria firmada.
Segundo Raquel Muller, coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento e Qualificação da ABETA, ressalta que “com a parceria teremos uma agenda pré-definida, ou seja, um plano de trabalho com duração de dois anos com foco em qualificação, disseminação de informações e orientação técnica aos gestores para potencializar o Ecoturismo e Turismo de Aventura em Unidades de Conservação”.
Criado em 2007, o ICMBio é uma autarquia federal de regime especial vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente. A entidade tem como objetivo administrar as Unidades de Conservação federais, áreas de importante valor ecológico, além de executar políticas de uso sustentável dos recursos naturais renováveis e fomento a programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade.

Fonte: Diário do Turismo

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Câmara aprova projeto que regulamenta a profissão de turismólogo






A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (2), por unanimidade e em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 6906/02, que regulamenta a profissão de turismólogo. De autoria do então senador Moreira Mendes, o projeto foi apresentado em junho de 2002 no Senado Federal, para onde retorna por ter recebido emendas.
De acordo com a proposta, o exercício da profissão ficará reservado aos bacharéis em curso superior de Turismo ou Hotelaria e aos profissionais não-diplomados que comprovadamente já a desempenhem há pelo menos cinco anos, contados da data de publicação da lei. O diplomado em cursos equivalentes no exterior também poderá exercer a profissão no Brasil, desde que revalide seu diploma.
O projeto lista 18 atividades relacionadas à profissão de turismólogo, entre elas: organizar e dirigir estabelecimentos ligados ao turismo; coordenar a classificação de locais de interesse, visando ao adequado aproveitamento dos recursos naturais e culturais; formular propostas para o desenvolvimento do setor nos municípios, regiões e estados da Federação; criar e implantar roteiros; pesquisar informações sobre a demanda turística; e elaborar projetos de marketing na área.

Profissionalismo e competência

Ao comemorar a aprovação do projeto, o deputado Moreira Mendes (PPS-RO), que acompanhou e defendeu pessoalmente a tramitação da proposta na Câmara, disse que a atividade turística exige cada vez mais profissionalismo e competência para crescer e disputar com outros mercados tradicionais, por isso a presença especializada do bacharel em turismo e em hotelaria é de fundamental importância. “Damos um passo bastante significativo. Ao aprovarmos esta lei, estamos reconhecendo cerca de 180 mil profissionais, que estão devidamente capacitados e habilitados para fazer crescer o segmento do turismo, e quem ganha com isso é o nosso país”, frisou.Moreira destaca que a contribuição do turismo para a economia nacional é cada vez maior. Em 2007, por exemplo, o setor foi responsável por 2,6% de todas as riquezas geradas no país, alcançando uma receita bruta anual de R$ 39 bilhões, sendo R$ 33 bilhões referentes só ao turismo doméstico. “Hoje o turismo é um dos principais itens da pauta de exportações brasileiras. Ele contribui significativamente para a geração de emprego e renda e para o desenvolvimento dos municípios, e por isso necessita de uma atenção especial”, ressalta o parlamentar.

Fonte: Diário do Turismo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Decisions makers aprovam Natal como destino de eventos


A gerente de marketing da Kimberly Clark, Patricia Távora, integrante do terceiro grupo de Decision makers, que visitou Natal de 28 a 30 de agosto ficou satisfeita com os equipamentos e serviços da capital do Rio Grande do Norte. “Natal tem toda infra-estrutura para eventos, feiras, convenções, além das belezas naturais, vôos diretos, pessoas acolhedoras; não tenho dúvidas de que a cidade tem todas as condições para realizar eventos”, afirmou.
Patricia Tavora esteve na cidade a convite do projeto “Natal Cidade Eventos”, da Prefeitura do Natal, através da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico(Seturde), projeto coordenado pelos consultores Paulo Gaudenzi e Raimundo Perez. Segundo Patricia , que atua na área de consumo de mercado, atacadista, farmácias, entre outros, em Natal teve a oportunidade de conhecer as condições referente a infra-estrutura para eventos e garantiu que a partir de agora vai sugerir Natal para eventos. O terceiro grupo teve como hotel sede, o Serhs Natal Grand hotel, a Gol linhas aéreas como parceira e a Luck viagens como receptivo, e trouxe a cidade 13 convidados das mais diversas empresas de São Paulo.

Apoio do Trade

Para o secretário de turismo de Natal, Francisco Soares de Lima Junior,a vinda desses grupos é mais uma oportunidade que a cidade de Natal está tendo de mostrar que tem condições físicas e operacionais para receber eventos corporativos das mais diversas áreas.Segundo Soares Junior, a diversidade de empresas vai proporcionar inúmeras oportunidades para que Natal seja escolhida como local de preferência dessas empresas. A Seturde, disse ele, reconhece o apoio de todo o trade, todas as associações como Natal Convention Bureau, ABEOC, Coohotur, ABIH-RN, que estão inteiramente integradas ao projeto “Natal Cidade Eventos”,que garantirá o sucesso do projeto.

Natal preparada para eventos

O terceiro grupo liderado por Ibrahim Tahtouh da IT MICE, trouxe a cidade profissionais de peso de grandes empresas de São Paulo e todos foram unânimes em afirmar que Natal tem toda infra-estrutura para sediar grandes eventos. Para Ibrahim, a vinda dos grupos que acontece até o dia 2 de outubro, é de extrema importância para quem quer investir e realizar eventos na cidade, que conta também com a parceria do poder público e privado . O grupo visitou os hotéis Pestana e Pirâmide, bem como suas instalações de espaço para eventos, feiras e convenções bem como hospedagem, e ainda fez passeios de buggy nas dunas de Genipabu com “emoção e sem emoção”, onde os convidados brindaram com champagne nas dunas“Natal como cidade de eventos”. Eles também curtiram eskibunda e aerobunda, desfrutaram da Lagoa de Pitangui e das comprinhas de artesanato.
No domingo (30) durante o café da manhã no Serhs Natal Grand hotel foi realizada uma discussão e avaliação dos pontos fracos e fortes que contou com a presença do secretário municipal de turismo de Natal, Francisco Soares Junior. Ao final do evento foram homenageados parceiros, como a Luck viagens, com a presença do seu diretor, George Costa e Natal Convention . Ambos receberam certificado de apoio ao programa “Natal Cidade Eventos” pelas mãos do secretário Soares Junior.


Fonte Diário do Turismo