terça-feira, 30 de junho de 2009

Presidente da ABAV envia carta a ministro da Saúde e pede esclarecimentos


Devido ao grande impacto que as declarações do ministro da Saúde José Gomes Temporão causou no setor de turismo – sugerindo que os brasileiros não viajem à Argentina e ao Chile por conta da gripe suína, o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV), Carlos Amorim Ferreira, representando as mais de 3 mil agências de viagens brasileiras emitiu dois documentos se posicionando contrário à medida ministerial e à maneira intempestiva como foi feita. O primeiro documento enviado a Brasília foi veiculado na quinta feira da semana passada e nele foram expostas as ações que a entidade vem fazendo – entre elas a gestão junto às companhias aéreas envolvidas nos voos regulares para que não haja penalidades nos casos de remarcações de datas ou cancelamentos Na sexta-feira, Carlos Ferreira voltou à carga e enviou ao ministro uma carta pedindo maiores esclarecimentos sobre a medida. O presidente da entidade pede mais clareza nas razões que levara o veto aos destinos e faz uma série de questionamentos a respeito da medida. “Precisamos esclarecer às agencias de viagens e seus clientes a melhor forma possível no sentido da escolha de um destino para suas viagens, buscando assim evitar o pânico e dar tranquilidade àqueles que pretendem viajar”. Abaixo a carta na íntegra:

Ao excelentíssimo Ministro da Saúde
Senhor José Gomes Temporão
Diante das declarações de V. Exa. recomendando que os brasileiros não viajem para os países com casos da Gripe A (H1N1), como cidadão e presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens gostaríamos de um esclarecimento maior acerca do assunto para que possamos elucidar às agencias de viagens e seus clientes quaisquer dúvidas e, ainda, orientá-los da melhor forma possível no sentido da escolha de um destino para suas viagens, buscando assim evitar o pânico e dar tranquilidade àqueles que pretendem viajar.
A gripe A é mais forte e mata mais que as gripes comuns? O grau de letalidade é alto?
Se o vírus já está circulando no Brasil, adianta recomendar que as pessoas não viagem ao exterior?
Como está sendo feito o trabalho de prevenção da doença nos aeroportos? Existe controle sobre as companhias aéreas no que diz respeito à higienização das aeronaves e do sistema de ar-condicionado? Além da preocupação em saber a procedência dos passageiros, alguém procura saber por onde os aviões circularam?
O estado do Brasil com maior incidência da gripe suína é São Paulo. Por coincidência, foi São Paulo o único estado a se manifestar, solicitando que brasileiros na viajem para Argentina e Chile. Devemos então recomendar aos nossos clientes que não viajem para São Paulo?
E os estados do Sul, onde o inverno é mais intenso? Devemos sugerir aos passageiros que evitem esses destinos?
Todas as respostas para essas perguntas, excelentíssimo Ministro, são muito importantes não só para o setor de Turismo, que gera empregos e renda e sente um forte impacto com esta medida, principalmente por estarmos no início da alta temporada de inverno na América do Sul, mas para toda a população.
O pronunciamento de V. Exa acabou por confundir a todos, uma vez que a Organização Mundial de Saúde não restringe viagens entre países desde o início do surto da doença e as autoridades argentinas garantem que implantaram um plano de atenção exaustivo ante a menor suspeita de novos contágios.
Acreditamos que um pronunciamento à nação, em Rede Nacional, esclarecendo essas dúvidas se faz necessário neste momento, quando a população se sente insegura até mesmo para viajar internamente.


Respeitosamente,
Carlos Alberto Amorim Ferreira
Presidente ABAV Nacional


Fonte: Diário do Turismo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os impactos da gripe suína no Turismo


A gripe suína, que surgiu no México e hoje virou uma pandemia tem sido trazida para diversos países, através de turistas nacionais ou internacionais. Embora o Brasil tenha tomado, desde os primeiros momentos, providências importantes, nomeadamente no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, com a chegada do inverno, a situação começa a se agravar, sobretudo nos países vizinhos, como o Chile e a Argentina, onde já foram registrados mais de cinco mil casos, sendo onze fatais.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, desde abril,52,1 mil pessoas já foram identificadas com o vírus ,sendo que o número de vítimas fatais alcançou 231 pessoas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de casos já se eleva a mais de 3 mil e não tem se verificado, por exemplo, nenhuma política especifica, nos parques temáticos, que concentram grandes fluxos de turistas nacionais e internacionais, em ambientes fechados e nem cuidados especiais nos aeroportos das grandes cidades receptoras daquele país.
A Organização Mundial do Turismo tem até hoje aconselhado o não fechamento de fronteiras, mas ações isoladas já foram tomadas na Comunidade Européia e na China, que inclusive reteve um grupo de turistas mexicanos, em quarentena.
É bom lembrar que a última gripe mundial matou mais de 5 milhões de pessoas e hoje a facilidade de contágio é enorme em função do número de indivíduos que viaja, que se concentra em aeroportos e aviões. Não podemos nos descuidar, sobretudo por vivermos num país de extremas desigualdades, onde a imunidade de crianças e adultos é reduzida, por falta de alimentação condigna, lembrando que muitas vezes populações pobres são atingidas pelo contato com os turistas ou simplesmente nacionais, que retornam de viagens ao exterior.
Embora a vontade de viajar esteja imbuída no homem, sobretudo na alta estação e levando em conta a redução drástica das tarifas internacionais, é o momento de analisarmos friamente que tais deslocamentos podem ocorrer oportunamente e que não é o melhor momento, para se deixar o país. Vamos nos deliciar com as belezas nacionais, conhecendo a imensidão cultural e natural do gigante nacional, o que vai contribuir para a economia local e nos preservar.
Sem alardes, precisamos manter nos aeroportos e portos, um controle sanitário rígido com as pessoas que chegam do exterior. Mantê-las devidamente informadas sobre a doença e procedimentos a serem adotados, assim como avisos em vários idiomas nos terminais de chegada e partida. Precisamos manter também toda a cadeia turística, desde o recepcionista do hotel, a camareira, ao guia de turismo e ao garçom ciente da doença com informações pontuais mas que permitam uma colaboração maior do trade turístico.Os profissionais de turismo não são meros vendedores de pacotes e bilhetes aéreos para o exterior, possuem um compromisso grande com a preservação da população local e dos destinos turísticos. É um momento de cautela, reflexão e parcimônia.


Por: Bayard Boiteux e Mauricio Werner

Fonte:Diário do Turismo

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Agências e operadoras de turismo conhecem o potencial do Seridó norte-rio-grandense


O Sebrae-RN, através do Projeto Roteiro Seridó, aposta no grande potencial turístico da região, tendo em vista suas paisagens de serras, açudes e sítios arqueológicos, rica gastronomia, artesanato e hospitalidade da população. No período de 15 a 19 deste mês uma caravana formada por consultores do Sebrae-RN, guias de turismo e seis empresas do setor turístico visitará municípios seridoenses para que os representantes das agências e operadoras conheçam os atrativos e equipamentos turísticos destas localidades.
O objetivo das visitas é estimular o desenvolvimento de destinos e a criação de pacotes turísticos para os municípios Cerro-Corá, Lagoa Nova, Currais Novos, Acari, Carnaúba dos Dantas, Parelhas, Jardim do Seridó e Caicó. A iniciativa conta com a parceria das prefeituras e segmento empresarial das cidades integrantes do roteiro.
Serão visitados importantes pontos turísticos como a Mina Brejuí em Currais Novos, a Serra de Sant’Ana em Cerro Corá, o Açude Gargalheiras e Museu do Sertanejo em Acari, o Monte do Galo, o sítio arqueológico Talhado do Gavião e o Castelo Di Bivar em Carnaúba dos Dantas, a Casa de Cultura de Jardim do Seridó, o Açude Boqueirão, em Parelhas, além do Alambique da Cachaça Samanaú e as queijeiras de Caicó. Atividades como city tours, rapel, visita à associação de bordadeiras, e degustação de queijos e biscoitos típicos da gastronomia local também estão na programação.
Segundo Daniela Tinoco, gestora do Roteiro Seridó, foram realizadas pelo projeto ações como treinamentos, cursos de melhoria no atendimento ao turista e está sendo levantado o inventário turístico dos municípios seridoenses, em parceria com a UFRN, Faculdade do Seridó e Faculdade Católica Santa Terezinha. Também estamos atuando na capacitação dos proprietários de bares e trailers em Currais Novos e iremos realizar um ciclo de palestras sobre turismo e hospitalidade nas escolas dos municípios participantes, englobando a comunidade e o empresariado local, explica Daniela.

Fonte: Roteiro Seridó