segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Guia de Turismo, esse ser desconhecido

Prof. Moura Lacerda

Indevidamente denominados pela imprensa especializada como Guias Turísticos (sic) os guias de turismo são o cartão de visita de uma cidade, talvez mais ou tão importantes quanto o cartão-postal (leia-se monumentos, pontos turísticos e todas as maravilhas do destino).

O guia turístico, fique claro, é composto de capa colorida, páginas impressas e numeradas e trás informações congeladas no tempo e no espaço.

O fato relevante que pretendemos ressaltar nesta comunicação aos nossos alunos e ex- alunos é da importância que o guia de turismo representa para as operadoras e agências de viagens como fator de segurança, confiabilidade, ética, respeito e guardião dos procedimentos de uma viagem acompanhada!

O guia de turismo tem um grande poder, mas às vezes não lhe é dado o merecido valor e importância. Às vezes o próprio profissional subestima a si mesmo. Este profissional tem o poder de transformar uma pequena excursão de fim de semana, em um evento que jamais será esquecido pelos participantes. Com o seu conhecimento técnico e sua experiência empírica, aliados à uma comunicação bem aplicada, o guia de turismo pode encantar, mas também, ao inverso disso, pode transformar uma volta ao mundo, enriquecida com todos os cuidados por uma operadora cônscia de suas responsabilidades em um desastre operacional sem precedentes. Por que isso às vezes acontece? Porque o guia de turismo não detém os conhecimentos e habilidades que obrigatoriamente deveria possuir.

Nossos guias, enquanto alunos, são submetidos a constantes provas de caráter, pontualidade, cumprimento de ações que se façam necessárias, gentileza, bom humor, atenção aos detalhes, que fazem, por um gesto, criar as condições especiais para àqueles que viajam.

Um guia é um ser ímpar, carregado de conhecimento multidisciplinar e deve ser admirado por sua competência, qualidades e encanto pessoal. Essas qualidades, no entanto, não se fabricam, ou se ganha, mas são conquistadas por meio de estudo e determinação.

Desde 1985 a ABL e Associados, Escola Técnica e Centro de Treinamento em Turismo dedica-se a colocar no mercado profissionais que honrem a profissão de Guia de Turismo, atividade tão fantástica quando desconhecida, em nosso País.

Fonte: Diário do Turismo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Provas 'robustas' levaram a prisões no Turismo, diz PF

O diretor-executivo da Polícia Federal (PF), Paulo de Tarso Teixeira, afirmou nesta terça-feira que "para que a polícia decrete prisão preventiva, a prova tem que ser robusta". Operação deflagrada nesta terça como parte de investigação de desvio de recursos no Ministério do Turismo tem como objetivo prender 38 pessoas, cumprindo 19 mandados de prisão temporária e outros 19 de prisão preventiva. Os que forem presos preventivamente devem ser encaminhados para Macapá (AP).

Estão nesse último grupo o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e o ex-presidente da Embratur Mário Moyses. Segundo a PF, Colbert é o único ex-parlamentar entre os que foram presos.

Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. Em um deles, foram encontrados R$ 610 mil em espécie na casa do diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). A instituição estaria envolvida no esquema de desvio de recursos em programas de capacitação profissional.

Cerca de R$ 3 milhões - de um convênio de R$ 4,4 milhões entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi - teriam sido desviados, segundo estimativa da PF. As investigações tiveram início em abril deste ano, a partir de levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União apontando possível irregularidade no convênio. A proposta era capacitar 1,9 mil pessoas no Estado do Amapá. Os recursos teriam sido repassados por meio de emenda ao Orçamento da União. Segundo a PF, não há indícios de envolvimentos de parlamentares que liberaram as emendas.

A PF afirma que o esquema envolvia empresários e servidores públicos. O dinheiro era repassado pelo Ministério do Turismo ao Ibrasi, que fraudaria a licitação, apresentando várias empresas que aparentemente estariam na concorrência, mas que, na verdade, eram de fachada e integravam o grupo criminoso. "A partir desse repasse, os treinamentos sequer eram executados", disse o diretor-executivo da PF.

Questionado sobre como o dinheiro chegava às mãos dos principais envolvidos, Teixeira respondeu: "Essa situação, com as buscas, com as oitivas, a gente vai delinear. O que a gente sabe é que o dinheiro chegou às mãos deles através desse esquema."

Teixeira disse que as investigações devem ser concluídas, no máximo, em 30 dias. Nesse período, o delegado responsável poderá ouvir quem achar necessário em busca de informações.

Por Cáudia Andrade.

Fonte: www.terra.com.br